quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Obrigado aos "sabios" de Roma, Rui Ramos, Publica, 080123

Obrigado aos "sábios" de Roma
23.01.2008, Rui Ramos

No dia em que não pudermos ouvir Bento XVI, seremos mais obscurantistas e menos livres

Há dias que quase toda a gente os anda a condenar. Parece-me que chegou a altura de lhes agradecer.

Falo dos "sábios" que a semana passada, guiados por um velho estalinista e apoiados pela polícia de choque da "antiglobalização", dissuadiram o Papa de visitar a Universidade "La Sapienza" de Roma.

No fim, deram-nos a todos um pretexto para rever matéria sobre teoria e história da tolerância. Não era esse o objectivo? Foi esse o efeito. E permitam-me que também aproveite a boleia. Quem sabe? Talvez os "sábios" tenham aprendido alguma coisa e não nos proporcionem tão cedo outra oportunidade.
Parece que há gente, na Europa, a quem as religiões voltaram a meter medo. Depois do 11 de Setembro, a religião tomou o lugar que o nacionalismo tinha no tempo da guerra da Jugoslávia.

Não havia então semana sem mais um livro a denunciar o perigo do nacionalismo, a desconstruir o seu insidioso apelo, e a examinar as suas sinistras raízes.

Agora, é a vez da fé em Deus. Subitamente, vemos andar novamente por aí as velhas casacas e chapéus de coco do anticlericalismo. Acontece que, em vez de marcharem contra o jihadistas, ei-los a avançar contra as igrejas cristãs, e especialmente contra a católica.

Enganaram-se de século? É por hábito? Ou dá-lhes mais jeito mostrar contra o Papa a coragem que lhes falta perante os jihadistas? Pois: morrer pelas ideias, mas de morte lenta.

Sim, na Europa, até ao século XIX, as igrejas de Estado resistiram ao pluralismo e à sua expressão. Mas a intolerância e a perseguição que milhões de europeus sofreram nos últimos duzentos anos não se ficaram a dever às religiões tradicionais, mas às modernas ideologias laicas. Os deuses dos que não acreditam em Deus foram sempre os mais sedentos.

Em nome do Ente Supremo, da ciência ou do racismo pagão, republicanos jacobinos, marxistas-leninistas e fascistas "moralizaram", proibiram e abasteceram largamente cemitérios e valas comuns.

Os que prezam a liberdade de "errar" (e não apenas a de pensar "correctamente") têm uma dívida para com quem criticou os velhos dogmas, como Voltaire, mas também para com quem resistiu aos novos, como João Paulo II. Neste mundo, a liberdade de pensamento não tem pais exclusivos.

O fundamentalismo laicista trata toda a convicção religiosa como o vestígio absurdo de uma idade arcaica, intolerável fora do espaço privado.

Mas a fé não é fácil, não é uma opção primitiva nem simplesmente um preconceito. Ou antes: pode ser tudo isso, mas pode também corresponder à mais forte exigência intelectual e à disponibilidade para enfrentar profundamente as mais difíceis de todas as dúvidas. Exactamente, aliás, como o ateísmo: há quem o viva como um dogma beato, muito contente consigo próprio, ou quem o tenha adoptado como a forma mais conveniente de não pensar. Muitos são hoje ateus pelas mesmas razões por que teriam sido beatos no século XVII. E se mandam calar Bento XVI é porque, há quatro séculos, teriam mandado calar Galileu.

As campanhas contra a religião como um óbice à concórdia e à modernidade erram frequentemente de alvo. A Irlanda e a Palestina são confrontos de nacionalismos com origens seculares. O jihadismo, como argumentou John Gray, deve tanto ou mais às ideologias laicas europeias do que à tradição islâmica. E na última década, partidos de inspiração religiosa contribuíram muito mais para a modernização e liberdade da Índia e da Turquia do que os seus adversários laicos. Nos EUA, a religião pertence ao espaço público, sem que o Estado deixe de continuar separado de qualquer igreja.

Hoje em dia, é nos crentes que certos princípios fundamentais para a nossa liberdade encontram a voz mais desassombrada. Por exemplo, a ideia da dignidade e da autonomia da pessoa como limite para experiências políticas e sociais. Numa cultura intoxicada pela hubris da ciência e das ideologias modernas, certas religiões conservaram, melhor do que outros sistemas, a consciência e o escrúpulo dos limites. O mesmo se poderia dizer da questão da verdade, que a ciência pós-moderna negou, sem se importar de reduzir o debate intelectual ao choque animalesco de subjectividades.
Não, não é preciso fé para perceber que das religiões reveladas (e doutras tradições de iniciação espiritual) depende largamente a infra-estrutura de convicções e sentimentos que sustenta a nossa vida. O seu silenciamento no espaço público não seria um ganho, mas uma perda.

No dia em que não pudermos ouvir Bento XVI, seremos mais obscurantistas e menos livres. Obrigado aos "sábios" de Roma por nos terem dado ocasião para lembrar isto.

Historiador

__._,_.___

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domingo, 27 de janeiro de 2008

Notícias da Missão em Angola

Hoje, domingo, 27 de Janeiro de 2008,

vai oficialmente ser inaugurada a casa do grupo missionário Ondjoyetu no Sumbe.

Visitem o nosso blogue para ver fotos e notícias da linha da frente:

http://ondjoyetu.blogspot.com/


Beijinhos a todos os que nos acompanham com orações e materialmente!

Aliás, em breve envio notícias acerca do nosso concerto deste ano para quem quer ajudar...

Vera*

A experiência deste fim-de-semana: Sushi!

Olá amiguinh@s!

Muitas coisas tenho vivido que não tenho contado... mas recebi algumas fotos que me fizeram ter vontade de escrever sobre Janeiro.

Vou começar pelo almoço de hoje: Sushi num restaurante japonês! Eu e a Noelle (francesa) fomos levadas pela Jade (Tailandesa) para provar as iguarias sushianas :P


Gostei muito! Provei salmão, atum e um outro peixe branco, que não sei o nome. Aconselho! Não se ponham é a pensar que é peixe cru, é um novo sabor e textura, isso com certeza :) mas agradável.

Bem ficam as fotos.

Beijinhos a tod@s, estamos juntos!
Vera*


sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Votem por Lisboa


Monopoly - Here And Now: World Edition

 

Olá, O conhecido jogo do Monopólio está a lançar uma edição Mundial, e para o efeito tem no portal Internet www.monopolyworldvote.com uma votação on line para eleger as grandes cidades do mundo. As 22 cidades mais votadas vão constar do tabuleiro desta nova edição mundial. Registem-se e votem por Lisboa, ou nomeiem outras cidades que não estejam ainda na short list. Podem votar todos os dias até à data limite da votação, por isso coloquem um reminder diário na V/ agenda. É simples, fácil e rápido. E temos que incluir uma cidade portuguesa neste jogo que fez a delícia da nossa infância! E não se esqueçam de enviar para os V/ contactos (portugueses, claro!).

 

Essa coisa do ambiente...


quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

crébero dodio


O nosso cérebro é doido !!!
De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3
F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310
COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453
4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O
D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!


E esta, hein?

Arriscar é: não ter medo de ser feliz

Vale a pena ler:

http://arriscarumpoucodeceu.blogspot.com/