segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Fim-de-semana louco!

Oi amig@s!

E a missão não pára de surpreender! Este fim-de-semana fomos à Chipinga. Na noite de sexta para sábado choveu no Sumbe e começamos logo a imaginar como íamos encontrar a picada do Gungo... já ia haver lama no caminho! Trocamos o pneu de trás do jipe que está completamente sem rasto :P (mas tem de andar até rebentar!) e seguimos viagem! Na picada até ao nosso destino dançamos umas belas danças africanas dentro do jipe... duas zonas mais complicadas tinham lama e o jipe andou lá a rabiar :P felizmente os locais mais perigosos junto de ravinas não tinham muita lama e passamos sem problemas, mas com cautela! Encontramos pelo caminho um IFA avariado (não sei se já vos falei destes camiões de transporte que são os únicos que sobem a picada do Gungo), mas não levantou problemas à nossa passagem.


Passámos o sábado e o domingo nas nossas actividades pastorais (eu agora estou responsável pela cantina da missão, espaço onde vendemos a preço baixo, para ajudar mas também responsabilizar as pessoas, alguns dos produtos que trouxemos de Portugal). No sábado à noite tivemos um belo espectáculo de trovoada (Deus a fotografar a Terra... e tirava fotos e mais fotos! :P ), e durante a noite choveu. Amanheceu um domingo chuvoso e começamos novamente a imaginar o estado da picada no regresso ao Sumbe... Felizmente pela hora de almoço abriu um sol forte e encontramos a picada quase melhor que na subida :) a maka (=o problema) do regresso foi o IFA que tinhamos encontrado na subida que estava agora “cambalhotado” no Gundo (a pior zona da picada do Gungo, como já vos expliquei). O camião tombou porque, quando tentava subir se partiu o veio de transmissão dianteiro (pareço muito instruída, mas é tudo graças ao nosso Pe. David que fornece estas informações! :) ), e perdendo força, o IFA começou a escorregar nas pedras e “cambalhotou” (como nos disse um senhor que encontramos na picada). Bem, acho que melhor do que vos explicar por palavras o que encontramos, vocês podem conferir pelas fotos (uma imagem vale mais que mil palavras, não é verdade?). Não há é fotos que expliquem bem o esforço para passarmos ao lado do camião. Teve de se afastar a carga caída, e colmatar alguns dos buracos da picada para “criar” caminho que permitisse a passagem do jipe. Hão-de poder ver depois no filme que fizermos! :) graças a Deus conseguimos passar (e à experiência e perícia dos padres Vítor e David) e pudemos seguir viagem.

Tenho ainda para partilhar convosco mais dois pequenos episódios que se passaram no regresso com um pequeno passageiro que transportávamos para o Chitonde (zona dos bambus gigantes). O Pe. Vítor perguntou-lhe se ele sabia o nome dos elementos da equipa missionária e ele disse todos bem menos o meu.
– “Então e como se chama a outra mana?” (ou seja, eu.)
– “Ai, esse nome já me complica” (:P definitivamente as quatro letrinhas do meu nome são mesmo estranhas por estas paragens :P )
E já quase a chegar ao Chitonde, o nosso passageiro pediu para sair.
– “Então, mas não querias ficar só nos bambus?”
– “Sim senhor padre, mas fico aqui. O meu coração está a arrear!” (e lá saiu ele, todo transpirado e com um ar muito enjoado... não está habituado aos chocalhos da picada vividos dentro de um transporte :P é que o transporte habitual é o chinelo :P )

E ainda: os cafeeiros estão em flor e cheiram maravilhosamente! E vimos pela primeira vez um canta-pedra morto com uma pedrada certeira na cabeça pela menina da foto! Com estas histórias termino este mail, desejando a todos uma óptima semana*

Beijinhos, estamos juntos!

Tchauééééé!

Vera*

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